segunda-feira, dezembro 15, 2008

Pouca coisa

Estou me contorcendo de dores. Assisto essa infâmia. Escuto os rumores. Sinto o odor da minha alma que aos poucos envelhece. Desesperado, corro em busca de um pouco de perdição, quem sabe ela não me salva de toda essa crendice idiota que tentam colar em meu pensamento. A fumaça da cidade se mistura aos pensamentos mais mesquinhos e forma um ar doce e moderno. Nunca estive tão seguro de mim. Busco a noite, ela é tudo que existe de mais sincero. Nela me vejo. Nela me completo. Nela me mato. Nela contemplo a visão de um mundo aos avessos. Não se escondam.

Um comentário:

Guilherme Schulz disse...

Interessante este jogo de palavras... Até rabisquei uma continuação a esta escrita, mas, seria muito atrevimento postá-la. Deixo-lhe apenas uma pergunta: a perdição, para este autor, ainda é a alternativa mais viável para salvar-se das crendices pífias?
Brilhantes palavras.